sexta-feira, 29 de abril de 2011

Conhecendo mais Santa Rita para vivenciar melhor sua festa!

    Exemplo de virtude em todos os estados de vida pelos quais passou. Sua intercessão é tão poderosa, que se tornou advogada de pessoas com problemas insolúveis.

As biografias de Santa Rita costumam ter pequenas alterações de versão para versão, mas os principais pontos da vida da Santa estão muito bem preservados.

Santa Rita nasceu na Úmbria, bispado de Espoleto, em Roccaporena um pequeno povoado de Cásscia (Província de Perúgia) na Itália no dia 22 de maio de 1381

Seus pais, Antonio Mancini e Amata Serri, já eram idosos; provavelmente se casaram em 1339 e tiveram sua única filha, Rita, depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia. 

Certa vez, seus pais a levaram para o campo e, enquanto trabalhavam na roça em seus afazeres, deixaram a recém-nascida debaixo de uma árvore, na sombra em num berço dormindo. Um enxame de abelhas brancas como a neve voou até a menina e girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas. 

Um homem que passava por ali, e que tinha pouco antes ferido a mão, ao ver Rita e as abelhas, gritou assustado aos seus pais. As abelhas foram embora e o homem teve a mão curada naquele mesmo instante.
Foi em um lar católico que Santa Rita cresceu. Antonio e Amata a educaram na fé em casa. Desde a infância, ela demonstrou uma grande afeição a Nossa Senhora e a Jesus Crucificado. 

Na adolescência os 12 anos, tinha um desejo intenso de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Em Cássia havia um mosteiro das monjas agostinianas. Seus pais, porém, já idosos, queriam que ela se casasse. 

Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais a obrigaram renunciar ao seu desejo de se entregar a religião e se fechar em um convento, para aceitar abraçar o matrimônio. Todavia, casou-se com um homem  de índole violenta chamado Paulo Ferdinando. 

Ele se embriagava com freqüência, brigava com os amigos e, chegando em casa, espancava Rita. Houve uma ocasião em que Rita esteve à beira da morte de tanto apanhar do marido. Foram muitas as vezes em que Rita não foi à igreja porque Paulo Ferdinando a impediu de ir. Ela, contudo, rezava por ele diante do crucifixo, pedindo por sua conversão. Durante o seu matrimônio, Santa Rita de Cássia era uma mulher doce, preocupada com o bem-estar de seu marido. Mesmo consciente de seu caráter violento, sofria, mas rezava em silêncio, oferecia tudo a Deus. 

A bondade de Santa Rita de Cássia era tão aparente que seu marido foi contagiado por ela. Passado um tempo, e perseverando Rita na oração pelo seu marido, Paulo Ferdinando caiu aos seus pés, pediu perdão a ela e a Deus, e mudou sua vida e seus costumes. 

Santa Rita e Paulo Ferdinando tiveram dois filhos: Tiago Antonio e Paulo Maria. Ambos foram educados na fé por seus pais e, com Rita, constantemente saíam de casa para visitar os enfermos e os pobres. 

Em 1402 morreram Antonio e Amata, pais de Rita. Seu pai morreu aos 19 de março e sua mãe aos 25 do mesmo mês, com 90 anos. Logo depois, alguns antigos inimigos de Paulo Ferdinando, por vingança o assassinaram. Os filhos, já crescidos planejavam vingar a morte do pai. 

Santa Rita, ao saber do desejo dos filhos rezou, pedindo a Deus que tirasse este desejo do coração de seus filhos, ou, se fosse vontade divina, que os levasse para a glória do Céu para obterem a salvação, mas que não se tornassem assassinos. Deus ouviu suas preces, ambos adoeceram, e Rita cuidou deles com amor. Depois de pouco tempo, Tiago Antonio e Paulo Maria morreram. (Aqui é preciso esclarecer que Santa Rita não era nenhuma boboca modernista de alma choromelosa; não, isso não! O contexto da situação envolvia um direito consuetudinário que admitia a vingança (vendeta) e não se tratava mais de legítima defesa de terceiro que já havia falecido faz tempo. Enfim, um carrosel vingativo sem fim.) 

A mãe carregou no coração a grande dor da perda dos pais, do marido e dos filhos sem perder a fé. Perdoou publicamente os assassinos de Paulo Fernando. 

Sozinha no mundo, Rita transformou-se numa mulher de oração. Além do trabalho doméstico, ela continuava a visitar os enfermos e os pobres. 

Participava da missa no mosteiro das agostinianas. Um dia, procurou a superiora e pediu-lhe para ingressar na ordem, mas não foi aceita. Por três vezes Rita pediu para ser admitida no mosteiro, e por três vezes ouviu o “não” da superiora. Vivendo em casa, todavia, Santa Rita vivia como se estivesse no mosteiro. 

A porta do convento estava sempre fortemente trancada e os seus muros eram como os de uma fortaleza. Todavia, certo dia, ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Rita, na capela do convento, rezando sem que ninguém a houvesse colocado para dentro e estando a porta do mosteiro ainda fechada. 

As religiosas, a começar pela superiora, ficaram pasmas com a presença de Rita, mesmo estando fechadas as portas do mosteiro. Vendo que era Deus quem a destinava à vida religiosa, a receberam-na. 

No mosteiro, Santa Rita mostrou-se servidora e contemplativa. Ao mesmo tempo em que estava disponível às irmãs, servindo-as, também estava em constante oração, passando muitas horas diante de Jesus crucificado. Continuou sempre a sair para visitar os enfermos e os pobres. Como todo e qualquer santo, enfretou dificuldades e tentações, mas a tudo superou com a força da fé. 

Santa Rita sempre esteve consciente de que obedecendo à superiora, obedecia a Jesus. Certo dia, a superiora, para pô-la a prova, pediu-lhe que, todos os dias, regasse um galho seco pela manhã e à tarde. Em sinal de obediência, Rita o fez com todo o carinho e, tempos depois, milagrosamente, o galho seco se transformou em uma bela videira. Esta ainda existe, em Cássia, e continua produzindo uvas. 

A devoção a Jesus crucificado sempre foi uma constante na vida de Rita. No ano de 1443, Tiago della Marca - depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus. Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão de Nosso Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacando com grande velocidade a feriu tão profundamente sua fronte que e ela desmaiou. 

Ao acordar, tinha uma ferida na testa que não cicatrizava. Com o tempo, essa ferida tornou-se mal-cheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; mas tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Santa Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo. 

O povo de Cássia, atento ao que acontecia no mosteiro, percebeu que havia algo de diferente em Santa Rita. Muitos iam até ela e pediam a sua intercessão em vários assuntos; todos eram atendidos. Em pouco tempo sua fama de santidade se espalhou pela região. 

Em 1450 o papa Nicolau V proclamou o Ano Santo. De toda parte pessoas iam a Roma em busca de indulgências. As monjas agostinianas de Cássia tomaram a decisão de ir a Roma. Rita queria receber as indulgências plenárias - perdão de todos os pecados - mas, devido a ferida fétida e por estar doente, não obteve da superiora permissão para participar da peregrinação. 

Então, diante do crucifixo, ela rezou, pediu a Nosso Senhor Jesus Cristo que retirasse temporariamente a ferida de sua fronte, mas mantivesse a dor para que pudesse ir a Roma. E conseguiu tal milagre. Rita foi a Roma, viu o Papa, obteve as indulgências, visitou os túmulos de Pedro e Paulo e outros lugares. A viagem foi difícil, sendo em parte feita a pé. Santa Rita, contudo, em nenhum momento perdeu a coragem e o ânimo. Ela estava, então, com 60 anos e, durante toda peregrinação, sentiu a dor do espinho (na fronte). Ao retornar a Cássia, a ferida voltou a se abrir, e a cada dia mais pessoas a visitavam para pedir a sua intercessão. 

Aos poucos a saúde de Santa Rita foi se debilitando, até o momento em que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Permaneceu doente por quatro anos, até a morte. 

No leito de morte, uma parente de Santa Rita a visitou no inverno, quando tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se a santa queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Mas decidiu atender o pedido e foi em sua antiga casa. Chegando em sua vila, a surpresa: milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A senhora então a colheu e levou para Santa Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade. 

Morreu no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos de idade, e tendo passado 40 anos no mosteiro. A ferida em sua fronte cicatrizou assim que ela morreu e, em lugar do mau cheiro, passou a exalar um suave perfume. Seu rosto tornou-se sorridente, como quem está pleno de contentamento. 

Uma grande multidão acorreu ao oratório do mosteiro, para velar o seu corpo. No local da ferida, apenas a marca do que fora o sinal provocado pelo espinho. Todos olhavam para ela admirados, e louvavam a Deus. Já era tida como santa pelo povo. Santa Rita não foi sepultada; seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transladado para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicado a ela. 

São muitas as pessoas que visitam a capela onde Santa Rita recebeu o espinho da coroa de Cristo, bem como a igreja de Cássia, onde está o seu corpo. São inúmeros os testemunhos de conversão, milagres e curas. 

A devoção a Rita não ficou restrita a Cássia, nem à Itália. Espalhou-se por todo o mundo. Muitas são as igrejas dedicadas a ela. 

Santa Rita foi beatificada duzentos anos depois de sua morte, em 1628. O papa Leão XIII, aos 24 de maio de 1900, a canonizou.
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Há um filme sobre a história de Santa Rita. Encontramo-lo na Convicción TV. Não poderiamos nos negar à sua divulgação.

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De 12 a 22 de maio Jardim vive mais uma festa de Santa Rita de Cássia que ela rogue por nós!

2 comentários:

  1. Rita de Cássia Padilha10 de janeiro de 2014 às 11:59

    É uma historia sem duvida muito linda.

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  2. Minha Santa Rita,minha melhor amiga,minha companheira,podem achar que é mentira,bobeira,blasfêmia...mas todos os santos dias,sinto cheiro de rosas,tudo que pessoa á minha "Cassinha",ela me atende! Tenho muita devoção,tudo que sou,tudo que tenho espiritualmente,devo á minha Santa Rita De Cássia <3

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